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Inteligência Emocional

O que é a inteligência emocional (I.E)? E porque é que hoje em dia lhe atribuímos tanto valor?

Este conceito é recente e tem vindo a ganhar cada vez mais importância nos dias de hoje. Apesar de ser um conceito moderno, há seculos que filósofos discutem este conceito e a sua importância na vida das pessoas. Antigamente havia o estereótipo que as emoções estavam mais relacionadas com o sexo feminino. No séc. XVII já se falava que a mente se dividia em 3 partes: cognição, afeto e motivação. Com o desenvolvimento da psicologia no séc. XX foram surgindo novas ideias em relação ás emoções e pensamentos. Mas foi em 1986 que Salovey e Mayer usaram este termo de I.E pela primeira vez. Na década de 90, António Damásio revela que não é possível separar a razão da emoção e a importância das emoções no processo de apreensão da decisão. Daniel Goleman, entre 95 e 98 publica 2 livros, baseados no conceito de Salovey e Mayer ("Emotional Intelligence" e "Working with emotional intelligence") Atualmente é bastante falado, mas encontrar a sua definição ainda não seja consensual. A I.E é utilizada em diversas dimensões na nossa vida, quer a nível profissional como pessoal. Cada vez mais, existe a necessidade de encontrar competências de gestão emocional, para lidar com o nível de exigência atribuído pela sociedade. Por isso, na realidade, quanto mais cedo ganharmos esta aptidão, melhor, pois aumenta a probabilidade de atingir o sucesso.

A definição deste conceito, é algo complexo, mas podemos pegar em algumas definições mais conhecidas:

Goleman - "É a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivar a nós próprios e de gerir bem as emoções, tanto dentro de nós, como nas nossas relações."

Mayer e Salovey - "Por inteligência emocional entende-se o conjunto de mecanismos mentais necessários à resolução de problemas e à gestão do comportamento, isto é, habilidade que o individuo tem para identificar, utilizar, compreender e regular as emoções em si e nos outros".


Necessitamos de utilizar esta capacidade, em vários contextos na nossa vida, atingindo assim, o equilíbrio entre a razão e a emoção. Mas, este equilíbrio por vezes é difícil de encontrar e manter, visto que o nosso estado emocional varia não só diariamente, mas também várias vezes no mesmo dia. Todavia, é muito importante encontrar a motivação para esse equilíbrio ao longo da nossa vida.

Mas então qual a diferença entre Q.I (quociente inteligência) e Q.E (quociente emocional)?

  • Q.I - Não é significativamente alterado pela educação e experiência; mede indicadores como memória, lógica e habilidades matemáticas.

  • Q.E - Tem tendência a aumentar com a idade (maturidade);mede indicadores emocionais, tais como: autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia.

Hoje em dia, o Q.E tornou-se mais importante para o recrutamentos das empresas, pois uma pessoa com uma inteligência emocional elevada, será um colaborador com assertividade, capacidade de liderança, sabe trabalhar em equipa, adapta-se a qualquer circunstancia, capacidade de automotivação, entre outras.

As competências da I.E, segundo Goleman são: autoconsciência ( eu - competências sociais e de reconhecimentos); consciência social (outros - competências sociais e de reconhecimentos); autogestão (eu - competências sociais e de regulação) e gestão de relacionamentos (outros - competências sociais e de regulação). Já Mayer e Sallovey identificaram 4 habilidades:

  1. Perceção emocional - capacidade para identificar, avaliar e expressar de forma precisa as emoções, por exemplo, identificar emoções em sensações físicas, sentimentos ou pensamentos.

  2. Facilitação emocional do pensamento - capacidade de utilizar as emoções para facilitar o pensamento, por exemplo, gerir emoções como forma de alterar o pensamento.

  3. Compreensão emocional - capacidade de compreender e analisar as emoções e utilizar o conhecimento emocional, por exemplo, nomear emoções.

  4. Gestão emocional - Capacidade de regular, de forma reflexiva, as suas emoções e a dos outros, promovendo o desenvolvimento intelectual e emocional, por exemplo, capacidade de se envolver ou afastar de uma emoção.

É importante compreendermos que a vivência e a reação das pessoas, perante uma situação, pode ser diferente (nós não somos todos iguais). Emoções desagradáveis, como por exemplo a raiva ou o medo, sejam pouco racionais (mais irrefletidas). Importa reter que 95% das decisões que tomamos, são baseadas nas emoções. Por esse motivo, e porque as crianças são seres extremamente emocionais, é muito importante as ajudar na identificação, validação e regulação das emoções. Nós, adultos só temos de aceitar que, as crianças experienciam as emoções tal e qual como os adultos, mas ao contrário de nós, muitas vezes não conseguem atribuir um nome. Essa tarefa fica ao encargo de pais, cuidadores e até educadores.


Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil - Aristóteles
 
 
 

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