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A tristeza


Emoção negativa que se caracteriza por uma queda de ânimo, uma redução significativa de atividade cognitiva e de conduta, falta de alegria, disposição, insatisfação, negativismo e mal-estar, resultante de algo desagradável. Pode ser apresentada por diferentes graus de intensidade (passageira ou profunda). Pode se afirmar que esta emoção poderá ser a mais duradoura, muito mais do que a alegria ou felicidade, pois pode ter uma duração de minutos, horas, dias ou até meses (depressão). A tristeza pode estar associada a vários eventos da nossa vida, como por exemplo, a perda de um ente, frustração na progressão de carreira ou no trabalho, infelicidade nas conquistas pessoais, traumas, fim de relações ou também conflitos internos por resolver. Devemos estar alerta, quando esta emoção é permanente, podendo levar a um quadro de depressão.

Desempenha uma função de reintegração e autoproteção, gerando um filtro percetivo, que centra a atenção na própria pessoa, ajudando no equilíbrio emocional (ajuda a pensar no que sentimos e o porquê).


Como a sentimos a nível fisiológico?

  • Diminuição da energia

  • Sensação de vazio

  • Alteração de apetite

Esta emoção é muito comum na infância. É experienciada desde cedo, quando existe a separação, nem que seja por horas, da sua mãe. Esta separação (natural) irá fazer com que a criança tenha de lidar com a sensação de perda. Pode também ser experienciada por eles quando se sentem assustados ou quando alguém diz ou faz algo que os faça sentir mal. Quando as crianças estão tristes, sentem-se na verdade, também dececionadas e as lágrimas são o sinal mais óbvio dessa sensação. Podem também ter comportamentos de isolamento e ficar impacientes.

Desde muito cedo, que as crianças começam a perceber que os pais são os "reguladores emocionais" delas - eu choro, e os meus pais virão até mim! O perigo de não compreender o que está por trás da tristeza, muitas vezes poderá despoletar ataques de raiva por parte da criança.

Se já vimos que a tristeza em excesso pode levar a quadros de depressão, a falta de experienciar esta emoção pode ser igualmente negativa. Deve-se evitar falar coisas como “não precisa ficar triste. Está tudo bem”, mas também não devemos enfatizá-la. Se cada vez que uma criança chora e tentamos as acalmar, estamos apenas a remediar a situação. As crianças precisam de validar a emoção e transmitir o por quê de estarem tristes, caso contrário, estão a aprender que as emoções delas poderão ser silenciadas, não aprendendo a atribuir um sentido à tristeza. Respeitar o tempo que a criança necessita para processar este estado, validando que entende o seu sentimento, que estará disponível, pronta para conversar, quando chegar o momento certo, irá ajudar o seu filho a "nomear" a emoção. Seja empática. Quando a criança ultrapassar esta vivência, estarão prontos para o diálogo. Escuta ativa, sem julgamentos. Pode começar por perguntar o que a deixou assim, como ela se sentiu com esse acontecimento e o que ela pode fazer para evitar que tal situação aconteça de novo. As crianças aprendem, por exemplo (aos olhos delas, os pais são os seus exemplos), por isso, poderá ser importante nesta situação, partilhar com ela uma história sua, de superação, de um momento em que se sentiu triste e o que fez para lidar com essa situação.


Quando conseguimos nos colocar ao mesmo nível das crianças, elas ganham a capacidade de compreender que também são capazes.


A depressão na infância

A manifestação da depressão em criança é difícil de identificar, devido ás alterações de desenvolvimento que a criança vai passando, levando a querer por vezes, que algumas condutas e comportamentos são "normais da idade". É igualmente difícil de identificar também, pelo facto da criança interiorizar e manter-se em silêncio sobre o que sente, e pela imaturidade na nomeação dos seus sentimentos/emoções. Muitas crianças apontam para sintomas físicos, como por exemplo, dores no corpo, esperneando e gritando, levando a um estado de "birra". Este estado de "birra", de forma exagerada, poderá ser um sintoma de depressão infantil, mas deverá ser aliada a outros sintomas e não ser validada por ela só.

A criança adota um comportamento mais desinteressado e instável. O seu estado emocional é volátil e os comportamentos confusos ( mais uma vez poderemos ter a perceção de uma fase "normal da idade). Muitas vezes, poderá também ser confundido com outros transtornos, como TDHA.


Sinais de alerta:

  • Sono irregular - Dificuldades para dormir, despertares constantes durante a noite, dormir por longos períodos principalmente quando esta deveria estar ativa, etc

  • Mudança dos hábitos alimentares - Comer em excesso, não comer, etc

  • Ansiedade de separação - Pode ser normal até uma determinada fase de desenvolvimento, mas uma criança que regride e sente muita dificuldade na separação dos seus pais, poderá ser um sinal de alerta

  • Passa a vida a reclamar - De dores no corpo, da escola, dos amigos, de qualquer situação á sua volta, acompanhada por choro, irritação.

  • Fica irritada com facilidade - Qualquer situação a pode irritar, fazendo escândalos só para contrariar.

  • Fadiga constante - Por norma as crianças adoram atividades. Estas atento quando a criança perde a vontade de brincar ou tem desinteresse em realizar atividades, que antes gostava de fazer.

  • Fraco desempenho escolar - As notas pioram, os professores queixam-se do seu comportamento, não sente vontade de ir à escola.

Estes sintomas variam com a idade da criança, por isso não podem ser dados como parâmetro para diagnosticar a depressão infantil. Crianças até aos 2 anos podem apresentar perda de peso, choro excessivo, problemas de desenvolvimento físico, Dos 2 aos 6 anos, cansaço frequente, excesso de birras e enurese noturna. As crianças dos 7 aos 12 anos já começam a verbalizar mais aquilo que sentem, mas entram na fase de alterações físicas e hormonais, que impulsionam comportamentos oscilantes.

São inúmeras as causas que podem levar uma criança a entrar num estado depressivo, como por exemplo, o luto, o bullying, um divórcio dos pais, uma difícil adaptação escolar, entre outras. Na verdade, é importante os pais estarem atentos a mudanças bruscas a nível comportamental. Lembre-se que mudanças de comportamento são normais ao longo do desenvolvimento físico e emocional do seu filho, mas, no entanto, se essas mudanças forem repentinas ou bruscas, indica que algo grave poderá a estar a influenciar o comportamento da criança.


Que podemos fazer para ajudar?

  1. Promover um estilo de vida mais saudável ( atividade física liberta varias hormonas e neurotransmissores, como a dopamina, a serotonina e a endorfina).

  2. Procurar em casos graves ajuda (psicóloga, psicoterapia)

  3. Momentos de relaxamento e meditação

  4. Manter uma comunicação saudável escuta ativa

  5. Não utilizar a disciplina violenta, pois pode condicionar o lado emocional e desestruturá-lo

  6. Oferecer carinho, conforto

  7. Por fim, estar presente para o que ela necessitar

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Não hesite em contatar.






 
 
 

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